Documentos Confidenciais #02: As estrelas dos comerciais
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Nesta segunda coluna, vou falar sobre os comerciais estrelados pelos atores de “Chaves” e “Chapolin”.
A prática de utilizar artistas e pessoas conhecidas da sociedade para estrelar comerciais de marcas famosas não vem de hoje. No Brasil, temos vários exemplos de artistas em comerciais. Recentemente, o ator Tony Ramos estrelou a campanha publicitária do frigorífico JBS Friboi.
Uma campanha que marcou época foi o comercial do cigarro Vila Rica, protagonizado pelo ex-jogador Gérson, que atuou na Seleção Brasileira em 1970, quando foi campeã. Este comercial acabou gerando a expressão ‘Lei de Gérson’, afinal o brasileiro tem fama de ser malandro e esperto.
No México e demais países da América Latina, a situação não é diferente. Para citarmos um exemplo recente mexicano, em 2012, Messi foi protagonista do comercial do pão Bimbo, uma das principais empresas alimentícias do país. A cantora e atriz Thalía estrelou o comercial da filial mexicana das lojas C&A em 2010.
Nos anos 70, 80 e 90, os atores que participavam das séries faziam vários comerciais para empresas do México e também de outros países da América Latina.
Em 1976, Maria Antonieta de Las Nieves fez o comercial do “Pollo Campero”, marca de frangos da Guatemala. Este comercial foi exibido no Natal daquele ano, e se tornou muito famoso entre as crianças guatemaltecas:
Alguns comerciais criavam pequenos esquetes. Em 1979, a turma do Chaves (provavelmente o comercial foi gravado em 1978) protagonizou um comercial da graxa para sapatos Nugget. Na situação, Quico engraxava os sapatos de Seu Madruga, que aprovava o trabalho por ser graxa Nugget:
Mesmo após saírem das séries de Chespirito, os atores continuavam estrelando comerciais. Foi o caso de Carlos Villagrán e Ramón Valdés que fizeram comerciais para “Turrones San José”, uma marca de doces do Peru, em 1987. Ramón aparecia com o figurino de Seu Madruga em Chaves e também com o seu figurino em “Ah que Kiko”:
Roberto Gómez Bolaños não atuou somente em propagandas publicitárias de empresas. Em 2000, Chespirito aparecia nas inserções do então candidato Vicente Fox, do PAN., pedindo votos. Fox acabou vencendo a eleição:
O comercial que gerou suspeita
Em 2003, o SBT mostrou um trecho estranho de Chaves: os atores estavam dançando, algo que nunca havia sido visto em outros episódios. Os chavesmaníacos brasileiros suspeitavam que fosse um episódio perdido mundialmente, e que somente o SBT teria posse deste episódio.
Quando Edgar Vivar foi entrevistado por Carlos Massa em 2012, foi mostrada uma cena de um comercial que acabou com as suspeitas. A tal dancinha fazia parte de um comercial do “Submarino Marinela”, um bolinho do México semelhante ao bolinho brasileiro Ana Maria, produzido pela Pullman:
Há muitos anos, os sites CH repercutiam uma entrevista de um ex-editor do SBT que tinha várias informações sobre a edição dos episódios no SBT. Uma delas, era de que os episódios vinham bagunçados nas fitas originais, com intervalos comerciais. Certamente este comercial deve ter vindo em alguma das fitas, e o SBT acabou vazando este trecho há 10 anos.
Artistas são capitalistas, assim como qualquer outra profissão. É comum a participação de estrelas em propagandas publicitárias. Porém, devíamos refletir: será que é preciso vender a sua imagem, mesmo se for algo em que você não acredita? Os artistas realmente confiam naqueles produtos? São questões a se pensar.
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Por Seu Furtado
- Publicado em: Arquivo de Colunas ♦ Colunas - Documentos Confidenciais
Que demais esses comerciais ! Matéra de primeira ,muito rara! Amei